Quem eu era
Como réu idefeso, iludido e abandonado
Fatalmente curvei-me aos prazeres desse mundo...
Perseguia meus desejos numa corrida sem cansaço
Embora aceitando todo peso e culpa
Como um réu indefeso, iludido e abandonado.
Refugiado à sombra do mistério
Podia cantar meu hino doloroso
E todos podiam ouvir
aqueles acordes distorcidos e sem nexo
Sem conhecer, o coração ansioso
Refugiado a sombra do mistério.
Alexandre L
Solitude
O que fazer quando
A solidão quer ficar só?
Meu coração se fecha
Minha cabeça, nó
É o estar não estando
O gostar não querendo
O olhar não pedindo
O sorriso mentindo
E o meu coração se fecha
Minha cabeça, nó
As mãos buscam e repulsam
Mas sei que
a solidão quer ficar só
Não corro, nem morro
Não sonho, nem sono
Só sei que
Meu coração se fecha
Minha cabeça, nó
Quando o medo e a quietude,
Antes do instante do beijo
Em um tudo se funde
Meu coração se fecha
Minha cabeça, nó
Desisto de lutar
Pois
A solidão quer ficar só...
Quantos verdes
Ficar em órbita
dentro da minha cabeça
Esqueça
Mas você não vem comigo.
Aqui dentro formiga
No lago negro
onde a água é turva
As piranhas comem
algo que não me lembro
bem o que é,
Antiga infância,
Música pesada,
Vento de verão...
E tudo ficou para trás
Levado pela água profunda.
Mata escura à minha frente
Tente
Mas não conseguirá contar
Quantos verdes existem lá.
Às vezes o vento é amigo,
Às vezes ele me corta...
O que ele quer dizer
cantando ao meu ouvido?
dentro da minha cabeça
Esqueça
Mas você não vem comigo.
Aqui dentro formiga
No lago negro
onde a água é turva
As piranhas comem
algo que não me lembro
bem o que é,
Antiga infância,
Música pesada,
Vento de verão...
E tudo ficou para trás
Levado pela água profunda.
Mata escura à minha frente
Tente
Mas não conseguirá contar
Quantos verdes existem lá.
Às vezes o vento é amigo,
Às vezes ele me corta...
O que ele quer dizer
cantando ao meu ouvido?
Tatiane Romanelo
Só loucura
Minhas Memórias aqui deixo escritas como se fossem pérolas hoje ninguem dá valor a ostra pequena depois ele virá: o reconhecimento final. De forma perfeita eu escrevo do nada As palavras brotam são facas e plumas são minhas e suas isto é fome só loucura enfim. | |
Juliano Mourão