Sou um jovem comum
de carne e de memória
de osso e esquecimento.
e a vida sopra dentro de mim
feito a chama de um maçarico
que pode
subitamente
cessar a qualquer momento
Sou como você
feito de coisas lembradas
e esquecimentos
rostos e gestos
mãos,
de um nome que já não me importa,
tudo
misturado
essa lenha perfumada
que se acende
e me faz caminhar.
Sou um jovem comum
e não vejo na vida amarga e amiga,
nenhum sentido, senão
lutarmos juntos pelo bem do outro
Poeta fui, sou, era,
Mas a poesia, mesmo sendo rara hoje em dia
não me comove facilmente
como histórias que conheço, de vidas
Que se abriram diante de mim
com livros que fala bem mais
e que vão além de todas palavra nele estão contidas.
Quero, por isso, falar com você,
apoiar-me em você
oferecer-lhe meu braço,
Pois o tempo é pouco,
E o latifundio esta diante de nossos olhos
Eu, sendo assim, comum, igual
a você,
também cruzo a Avenida sob a pressão do imperialismo.
Mas somos muitos milhões de jovens
comuns com milhares de milhares de ideais
e podemos formar uma muralha
com nossos corpos de sonho cognitivos
com nossa mente de códigos indesifraveis,
com nossos corações,
quase sempre inseguros e indecisos.
... e, impedir que o melhor do pior nos atinja,
Nos desanimando de viver
de crer que amanhã sera de sol
Então,não nos preoculpemos
com os problemas que ainda não chegaram
e, que nem se quer sabemos se existirão, O medo nos cega.
O que me importa o que esta escrito na pagina 46
se eu ainda estou na capa?
Não nascemos pra tanta tristeza
nem para chorar-mos migalhas
de sentimentos indignos de nossa afeição.
Quantas vezes em minha vida
fiz da hipocrizia minha bandeira...
Por quantas vezes só de rebeldia
... e por coisas tão pequenas
entreguei de bandeja meu insensato coração.
ao atróz inimigo da minha alma
e da minha razão.
Que se tornou loucura
pois hoje
Tenho uma vida que não se importa com meu nome,
Nem com o que tenho
vida, que renuncia
Todo e qualquer desejo,
Que faz vir a tona quem eu era
e não sou mais.
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