quarta-feira, 2 de março de 2011

Sou como você

     

     Sou um jovem comum 
     de carne e de memória
     de osso e esquecimento. 
e a vida sopra dentro de mim 
   
     feito a chama de um maçarico 
que pode 
subitamente 
     cessar a qualquer momento

Sou como você 

     feito de coisas lembradas 
     e esquecimentos
     rostos e gestos
     mãos,     
     de um nome que já não me importa,

     tudo 
     misturado

        essa lenha perfumada
     que se acende 
     e me faz caminhar.
    Sou um jovem comum 
    e não vejo na vida amarga e amiga, 
     nenhum sentido, senão 
     lutarmos juntos pelo bem do outro
  Poeta fui, sou, era,
  Mas a poesia, mesmo sendo rara hoje em dia
     não me comove facilmente
     como  histórias que conheço, de vidas
Que se abriram diante de mim
     com livros que fala bem mais
           e que vão além de todas palavra nele estão contidas.
      Quero,  por isso, falar com você,
     apoiar-me em você
    oferecer-lhe meu braço, 
  Pois o tempo é pouco,
E o latifundio esta diante de nossos olhos
Eu, sendo assim, comum, igual 
     a você, 
 também cruzo a Avenida sob a pressão do imperialismo.

Mas somos muitos milhões de jovens
 comuns com milhares de milhares de ideais 
e podemos formar uma muralha
com nossos corpos de sonho cognitivos
 com nossa mente de códigos indesifraveis,
com nossos corações,
quase sempre inseguros e indecisos.
... e, impedir que o melhor do pior nos atinja,
Nos desanimando de viver
    de crer que amanhã sera de sol
      Então,não nos preoculpemos
com os problemas que ainda não chegaram
 e, que nem se quer sabemos se existirão, O medo nos cega.
 O que me importa o que esta escrito na pagina 46
se eu ainda estou na capa?
 Não nascemos pra tanta tristeza
     nem para chorar-mos migalhas
de sentimentos indignos de nossa afeição.
        Quantas vezes em minha vida
  fiz da hipocrizia minha bandeira...
 Por quantas vezes só de rebeldia
     ... e por coisas tão pequenas
entreguei de bandeja meu insensato coração.
ao atróz inimigo da minha alma
   e da minha razão.
Que se tornou loucura
pois hoje
Tenho uma vida que não se importa com meu nome,
Nem com o que tenho
vida, que renuncia
Todo e qualquer desejo,
Que faz vir a tona quem eu era
  e não sou mais.

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